A arte da verdadeira cura
Dentro de todo homem e mulher existe uma força que dirige e controla o curso inteiro da vida. Usada apropriadamente, essa força pode curar todas as doenças e males de que a humanidade é herdeira. Toda religião sustenta esse fato. Todas as formas de curas mental ou espiritual, não importa o nome por elas adotado, prometem a mesma coisa. Até mesmo a psicanálise emprega esse poder, embora indiretamente, usando o nome popular de libido. A visão crítica e a compreensão que ela traz à psique descarrega tensões de várias espécies e, por meio dessa descarga, o poder curativo latente no interior e natural a todo sistema humano atua mais livremente. Cada um daqueles sistemas propõe-se a ensinar a seus adeptos métodos técnicos de pensamento, contemplação ou oração, os quais de acordo com os termos apriorísticos de sua própria filosofia, renovarão os corpos e transformarão todo o ambiente da pessoa.
Nenhum ou poucos deles, porém, cumprem de maneira completa a alta promessa feita no início. Parece haver pouco conhecimento dos meios práticos pelos quais as forças espirituais que sustentam o universo e impregnam toda a natureza do homem podem ser utilizadas e dirigidas para a criação de um novo céu e uma nova terra. Naturalmente, sem cooperação universal, tal ideal é impossível para toda a humanidade. Ainda sim, cada um por si próprio pode começar a tarefa de reconstrução.
A questão crucial, portanto, é esta: Como podemos tornar-nos consciente dessa força? Qual é a sua natureza e suas propriedades? Qual é o mecanismo pelo qual podemos utiliza-las?
Correntes Não Utilizadas
Como eu disse antes, diferentes sistemas desenvolveram processos muito diferentes pelos quais o estudante poderia adivinhar a presença daquele poder. Meditação, oração, invocação, exaltação emocional a pedidos feitos ao acaso ao universo ou à Mente Universal são alguns métodos. Em última instância, se ignorarmos pequenos detalhes de natureza trivial, todos têm isso em comum. Mas voltando o poder penetrante da mente para dentro de nós mesmos e exaltando o sistema emocional até certo ponto, podemos tomar consciência de correntes de força anteriormente não suspeitadas. Correntes quase elétricas em sua sensação interior, curativas e integradoras em seu efeito.
O emprego voluntário de tal força é capaz de dar saúde ao corpo e à mente. Quando dirigida, ela atua como um imã. Quero com isso dizer que ela atrai para quem a emprega esses métodos exatamente aqueles artigos essenciais à vida, material ou espiritual, de que a pessoa urgentemente precisa ou que são necessários para sua maior evolução. Fundamentalmente, a idéia básica dos sistemas de cura mental é a seguinte. Na atmosfera ambiente, que envolve e impregna a estrutura de cada minúscula célula do corpo, existe uma força espiritual. Essa força é onipresente e infinita. Está presente no objeto mais infinitesimal, assim como na nebulosa ou universo insular de proporções mais estonteantes. Esta força é a própria vida. Nada na vasta extensão do espaço está morto. Tudo pulsa com vida vibrante. Até mesmo as partículas micro-microscópicas do átomo são vidas; de fato, o elétron é uma cristalização de seu poder elétrico.
Sendo essa força vital inifinita, segue-se que o homem deve ser saturado impregnado até o máximo de força espiritual. Ela constitui seu eu superior, é seu elo com a divindade, é Deus no homem. Toda molécula no sistema físico do homem deve ser impregnada com essa energia dinâmica. Cada célula do corpo a contém em sua plenitude. Assim, nós somos colocados face a face com o enorme problema que existe por trás de toda doença, o enigmático problema do esgotamento nervoso.
Que é Fadiga?
Como pode haver esgotamento, se a vitalidade e correntes cósmicas de força são derramadas diariamente através do corpo do homem, simplesmente saturando a mente e o corpo com seu poder? Primariamente, é porque ele oferece tanta resistência a seu fluxo através de si que se torna cansado e doente, culminando finalmente o conflito com a morte. Como pode o débil homem ser capaz de desafiar o universo? Não mais oferecer resitência e oposição à própria força que sustenta o universo e continuamente evolui nele? A complacência e confusão da perspectiva mental do homem, a covardia moral com que ele foi educado e sua falsa percepção da natureza da vida essa são as causas da resistência ao fluxo interior do espírito. O fato de ser isso inconsciente não é obstáculo lógico à força desse argumento, como demonstraram todas as psicologias profundas. Que homem tem realmente consciência de todos os processos voluntários que se passam em seu interior? Quem tem consciência dos complicados mecanismos e processos mentais, daquele pelo qual seu alimento é assimilado e digerido, da circulação de seu sangue, da distribuição arterial de nutrição a todos os órgãos do corpo? Todos esses são processos puramente involuntários; em grande medida o mesmo acontece com sua resistência à vida. O homem cercou-se com uma concha cristalizada de preconceitos e fantasias mal concebidas, com uma armadura que não permite a entrada de luz de vida que existe fora.
Por que admirar que ele sofra? Por que admirar que ele esteja tão doente e impotente, tão indefeso e pobre? Por que surpreender-se se o indivíduo mediano é tão incapaz de lidar adequadamente com a vida?
Os Primeiros Dois Passos Fundamentais Para Saúde
O primeiro passo em direção a liberdade e saúde é a percepção consciente do vasto reservatório espiritual em que vivemos, em que nos movemos e no qual temos nosso ser. Repetido esforço intelectual para fazer isso parte integrante de nossa perspectiva mental sobre a vida rompe ou dissolve algo da dura e inflexível concha da mente. E depois vida e espírito jorram abundantemente. A saúde surge espontaneamente e nova vida começa , quando o ponto de vista passa por essa radical mudança. Ademais, parece que o ambiente atrai exatamente aquelas pessoas que podem ajudar de várias maneiras e precisamente aqueles prazeres da vida que eram tão desejados.
O segundo passo fica em direção ligeiramente diferente. Respiração regulada. um processo muito simples. Resulta necessariamente do seguinte postulado. Se vida nos cerca de todos os lados, se penetra em tudo e impregna tudo, que pode haver mais razoável do que o próprio ar que respiramos de momento a momento ser altamente carregado de vitalidade? Nossos processos de respiração nós regulamos portanto nessa conformidade. Vemos que a vida é o princípio ativo na atmosfera. Durante a prática dessa respiração rítmica em períodos fixos do dia, não devemos forçar demais a mente nem sobrecarregar a vontade. Deixamos que o ar flua para dentro enquanto contamos mentalmente muito devagar … um, dois, três, quatro. Depois exalamos contando no mesmo ritmo. É fundamental e importante manter o ritmo inicial, seja contar até quatro, dez ou até qualquer outro número conveniente. Isso porque o próprio ritmo é responsável pela fácil absorção da vitalidade de fora e a aceleração do poder divino interior.
Ritmo
Ritmo imutável é manifesto em toda parte do universo. É um processo vivo cujas partes movem-se e são governadas de acordo com leis cíclicas. Olhem o sol, as estrelas e os planetas. Todos se movem com graça comparável, com um ritmo em seus tempos inexoráveis. É só a humanidade que vagueia, em sua ignorância e autocomplacência, para fora dos ciclos divinos das coisas. Nós interferimos nos processos rítmicos inerente à natureza. E como pagamos caro por isso!
Portanto, ao tentar harmonizar-se mais uma vez com o poder espiritual inteligente que funciona em todo o mecanismo da natureza, nós não copiamos cegamente, mas adotamos inteligentemente seus métodos. Faça, portanto, a respiração rítmica em certas horas fixas do dia, onde haja pouca probabilidade de perturbação. Cultive acima de tudo a arte do relaxamento. Aprenda a voltar-se para cada músculo tenso, dos pés à cabeça, enquanto fica deitado de costas na cama. Diga ao músculo para afrouxar deliberadamente sua tensão e cessar sua contração inconsciente. Pense no sangue fluindo copiosamente, por sua ordem, para cada órgão, levando vida e nutrição a toda parte, produzindo um estado radiante de saúde. Só depois de realizados esses processos preliminares é que você deve começar a respiração rítmica, lentamente e sem pressa. Gradualmente, à medida que a mente acostuma-se à idéia, os pulmões adotarão o ritmo espontaneamente. Em poucos minutos, ele se terá tornado automático. Todo o processo torna-se então extremamente simples e agradável.
Não seria possível superestimar sua importância ou eficácia. À medida que adotam o ritmo, inalando e exalando automaticamente numa contagem medida, os pulmões comunicam-no e gradualmente estendem-no a todas as células e tecidos circundantes da mesma forma que uma pedra jogada em um tanque emite ondas que se expandem amplamente em círculos concêntricos de movimento. Em poucos minutos, o corpo inteiro estará vibrando em uníssono com esse movimento. Toda célula parece vibrar simpaticamente. E logo o organismo inteiro passa a sentir-se como se fosse uma inesgotável bateria de energia. A sensação e precisa ser uma sensação é inconfundível. Simples, como é, o exercício não deve ser desprezado. É sobre o domínio dessa técnica muito simples que repousa o resto do sistema. Domine-a primeiro. Certifique-se de que é capaz de relaxar-se completamente e depois produzir a respiração rítmica em poucos segundos.
Centros Mentais e Espirituais
Abordo agora uma idéia fundamental e altamente significativa. É a incapacidade de perceber ou aprender inteiramente sua importância que está realmente por trás do malogro, freqüentemente observado, de muitas culturas mentais e sistemas de cura espiritual. Assim como no corpo físico há órgãos especializados para o desempenho de funções especializadas, na natureza mental e espiritual existem centros e órgãos correspondentes. Exatamente como os dentes, o estômago, o fígado e os intestinos são mecanismos desenvolvidos e planejados pela natureza da digestão ou assimilação de alimentos, existem centros semelhantes componentes da natureza do homem.
A boca recebe o alimento. A digestão ocorre no estômago e no intestino delgado. Existe igualmente um aparelho de rejeição dos detritos. Na natureza psíquica há também centros focais para a absorção do poder espiritual do universo. Outros tornam possíveis sua distribuição e circulação. A energia dinâmica e poder que entram no homem vindos de fora não são uniformes ou iguais em ritmo vibratório. Podem ser de voltagem excessivamente alta, por assim dizer, para serem suportados pelo homem. No interior existe, por isso, certo aparelho psíquico pelo qual indiscriminadas correntes cósmicas de energia podem ser assimiladas e dirigidas, sendo assim sua voltagem reduzida ou ajustada ao nível humano. O processo de tornar-se consciente desse aparelho psíquico e usar a energia por ele gerada é parte integrante desse sistema de cura.
Meu argumento é que oração e métodos contemplativos empregam inconscientemente aqueles centros superiores. Conseqüentemente, seria mais sábio e muito mais eficiente empregar deliberadamente para nossos fins esse poder espiritual e os centros através dos quais ele flui. Chamemos estes últimos, por enquanto, órgãos psico-estruturais, dos quais há cinco principais. Como precisamos dar-lhes nomes, visto que a mente humana adora classificar e tabular coisas, vamos dar-lhes títulos menos comprometedores imagináveis para que nenhum sistema de preconceito possa ser erguido sobre eles. Por motivos de conveniência, ao primeiro podemos chamar Espírito, ao segundo, Ar, e aos seguintes Fogo, Água, e Terra.
Para ilustrar o conceito, reproduzo aqui um diagrama muito simples. Ele mostra a posição e localização dos centros. Nem por um momento desejo ser entendido como dizendo que esses centros são físicos quanto à natureza e posição(embora possa haver paralelismos glandulares). Existe uma parte espiritual ou psíquica mais sutil na natureza do homem, Podemos até considera-los, não como realidades em si próprios, mas como símbolos de realidades, símbolos grandes, redentores e salvadores. Em certas ocasiões tomar consciência deles de maneira muito semelhante àquela pela qual tomamos consciência de diferentes órgãos em nosso corpo físico. Dizemos muitas vezes que a razão está situada na cabeça, atribuindo a emoção ao coração e o instinto à barriga. Igualmente, existe uma correspondência natural entre esses centros e várias partes do corpo.
Corpo humano em relação à Árvore da Vida
Considerar apenas centros 1, não marcado, 6, 9, 10
Pensamento, Cor e Som
É axiomático neste sistema que existem três principais instrumentos ou meios pelos quais podemos tomar consciência desses centros, a fim de despertá-los de seu estado latente para que funcionem apropriadamente. Pensamento, cor e som são os três meios. A mente concentra-se na suposta posição desses centros, um a um. Depois certos nomes considerados vibratórios devem ser entoados e vibrados. Finalmente, cada centro é visualizado como tendo determinada cor e forma. A combinação desses três atos desperta gradualmente os centros de sua latência. Vagarosamente eles são estimulados a funcionar, cada um de acordo com sua natureza, emitindo uma corrente de energia e poder altamente espiritualizada para o corpo e para a mente. Quando, finalmente, sua operação torna-se habitual e estabilizada, o poder espiritual que eles geram podem ser dirigidos pela vontade para curar vários males e doenças de natureza tanto psicológica como física. Podem ser também comunicados pela simples imposição de mãos em outra pessoa. Apenas pensando fixamente e propositadamente, a energia pode ser também comunicada de mente para mente, telepaticamente, ou transmitida através do espaço a quilômetros de distância sem que os objetos no espaço representem interrupção ou obstáculo à sua passagem.
Esfera Coronal
Antes de tudo, a posição dos centros, como é mostrada no diagrama, deve ser memorizada. Eles são estimulados à atividade com a pessoa sentada reta ou deitada de costas em estado perfeitamente relaxado. As mãos podem ficar dobradas no colo ou então, com os dedos entrelaçados, repousando soltas debaixo do plexo solar. Calma da mente deve ser induzida e vários minutos dedicados à respiração rítmica resultam na sensação de delicado movimento ondulatório sobre o diafragma.
Depois, imagine acima da região coronal da cabeça uma bola ou esfera de brilhante luz. Força resultaria apenas no desenvolvimento de tensão neuromuscular, o que anularia nosso fim. Deixe que isso seja feito de maneira fácil e calma. Se a mente vaguear, como de fato acontecerá, espere uns momentos e delicadamente leve-a de volta. Ao mesmo tempo, vibre ou entoe a palavra Eheieh. Depois de alguns dias de prática, tornar-se-á muito fácil imaginar o nome vibrando acima da cabeça, no chamado centro do Espírito. Esta é a divindade que reside em cada um de nós, o eu espiritual básico a que todos nós podemos recorrer. Eheieh significa literalmente EU SOU e este centro representa a consciência interior do EU SOU.
O efeito desse redirecionamento mental da vibração é despertar o centro para a atividade dinâmica. Assim que ele começa a vibrar e girar, sente-se a luz e energia emanarem para baixo sobre a personalidade e para dentro dela. Enormes cargas de poder espiritual abrem caminho até o interior do cérebro e todo o corpo sente-se cheio de vitalidade e vida. Até mesmo a ponta dos dedos das mãos e dos pés reagem ao despertar da esfera coronal com uma fraca sensação de formigamento, sentida inicialmente. O nome deve ser entoada durante as primeiras semanas de prática de voz moderadamente audível e sonoro. Quando é adquirida aptidão, a vibração pode ser praticada em silêncio, sendo o nome imaginado e mentalmente colocado no centro. Se a mente tende a vaguear, a freqüente repetição da vibração será de grande ajuda para concentração.
O Centro do Ar
Tendo deixado a mente descansar por cinco minutos, quando ela parecerá brilhar e cintilar, imagine que ela emite um raio branco para baixo, através do crânio e do cérebro, parando na garganta. Ali o raio se expande de modo a formar uma segunda bola de luz, que deve incluir grande parte do rosto até a sobrancelhas, com estas incluídas. Se a laringe é concebida como centro da esfera, a distância entre ela e a vértebra cervical na nuca será aproximadamente o raio da esfera. Naturalmente esta dimensão varia em diferentes pessoas. Com esta esfera, que chamamos de centro de Ar, deve ser seguida uma técnica semelhante à que foi usada na anterior. Deve ser forte e vividamente formulada como uma esfera cintilante de brilhante luz branca, reluzindo e resplandecendo a partir de dentro. O nome a ser vibrado é Jeovah Elohim.
Uma ou duas palavras não devem faltar neste ponto a respeito dos nomes. Na realidade são nomes inscritos em várias partes do Velho Testamento de Deus. A variedade e variação desses nomes são atribuídas a funções divinas diferentes, quando atuando de certa maneira. Ele é descrito pelos escribas bíblicos por um único nome. Quando está fazendo alguma coisa, outro nome mais apropriado à Sua ação é empregado. O sistema que estou descrevendo agora tem suas raízes na tradição mística hebraica. Seus antigos inovadores eram homens de exaltadas aspirações religiosas e gênio. Só se poderia esperar que uma tendência religiosa fosse projetada por eles neste sistema psicológico científico. Mas devese explicar que para nossos propósitos atuais nenhuma conotação religiosa é implicada pelo uso desses nomes divinos bíblicos. Qualquer um pode usa-los sem aderir de maneira alguma aos antigos pontos de vista de vista religiosos seja ele judeu, cristão, hindu, budista ou ateu. Trata-se de um sistema puramente empírico que é bem sucedido apesar do ceticismo ou fé do operador. Hoje podemos considerar esses nomes sagrados sob luz inteiramente diferente e prática. São notas tônicas de diferentes componentes da natureza do homem, portas para muitos níveis daquela parte da psique de que normalmente não temos consciência. São graus vibratórios ou sinais simbólicos dos centros psicofísicos que estamos descrevendo. Seu emprego como nota-chave vibratória desperta para a atividade os centros com que seu grau está em simpatia, transmitindo a nossa consciência algum reconhecimento dos vários níveis do lado espiritual inconsciente de nossa personalidade. Daí por que a efetiva significação religiosa não nos interessa. Nem sua tradução literal.
Voltando ao centro de Ar na garganta, deixe que os sons vibratórios sejam entoados numerosas vezes, até sua existência ser reconhecida e claramente sentida como uma experiência sensória definida. Não pode haver engano quanto à sensação de seu despertar. Na formulação deste e dos centros seguintes deve ser gasto mais ou menos o mesmo tempo dedicado à contemplação da esfera coronal. Transcorrido esse período, deixe que ele lance de si para baixo, com ajuda da imaginação, um raio de luz.
Centro do Fogo
Descendo da região do plexo solar, logo abaixo do esterno ou osso peitoral, o raio expandese mais uma vez para formar uma terceira esfera. Esta é a posição do centro de Fogo. A atribuição de fogo a este centro é particularmente apropriada, pois o coração é notoriamente associado à natureza emocional, ao amor e aos sentimentos mais elevados. Não falamos com freqüência em paixão ardente, chama de amor e assim por diante? O diâmetro dessa esfera cardíaca ambiente deve ser de molde a estender-se da frente do corpo até as costas. Aqui vibra o nome Jeohvah Eloah Vê-Daas. Faça com que a entoação vibre bem dentro da esfera branca formulada. Se isso for feito, imediatamente uma radiação de calor será sentida emanando do centro, estimulando delicadamente todas as partes e órgãos à sua volta. Alguns estudantes queixaram-se de que o nome divino acima é indevidamente longo e difícil de pronunciar. Depois de alguma experiência, eu substituí a palavra hebraica pelo nome gnóstico IAO. Ambos são atribuídos, cabalisticamente , à Sephirah de Tiphareth na Árvore da Vida e, assim, são igualmente válidos. Achei-o tão eficiente quanto o nome hebraico e, em minha própria prática de meditação, substituí permanentemente um pelo o outro.
IAO deve ser pronunciado i-a-o, vagarosamente e com vigor. De fato, é mais simples vibrar esse nome do que quase qualquer outro e a vibração por ele produzida é clara e forte.
Como a mente funciona dentro e através do corpo, sendo co-extensivas com ele, as faculdades mentais e emocionais igualmente são estimuladas pelo dinâmico fluxo de energia dos centros. A barreira inabalável erguida entre a consciência e o inconsciente, uma divisória blindada que impede nossa livre expressão e prejudica o desenvolvimento espiritual, é vagarosamente dissolvida. À medida que o tempo passa e a prática continua, ela pode desaparecer completamente e a personalidade gradualmente consegue integração. Assim, saúde estende-se a toda função da mente e do corpo, seguindo-se felicidade, como benção permanente.
Centro de Água
Continue fazendo o raio descer do plexo solar para a região pélvica, a região dos órgãos reprodutivos. Aqui também é visualizada uma esfera radiante aproximadamente das mesmas dimensões que a mencionada acima. Aqui também um nome deve ser entoado de modo a produzir uma rápida vibração nas células e moléculas do tecido daquela região. Shaddai El Chai é o nome que deve ser proferido. Deve-se permitir que a mente se demore sobre a formulação imaginativa por alguns minutos, visualizando a esfera como um resplendor branco. Cada vez que a mente se desvie de daquele resplendor, como certamente acontecerá no começo, faça-a voltar delicadamente por meio de repetidas e fortes vibrações do nome.
Pode-se temer que esta prática desperte ou estimule sensação e emoções sexuais desnecessariamente. Naqueles em que existe conflito sexual esta apreensão é justa e legítima. Na realidade, porém, o temor não tem fundamento. A contemplação do centro de Água como uma esfera de luz branca, ligadas pelo raio aos centros superiores e mais espirituais, atua de maneira muito mais sedutora. E de fato a estimulação sexual pode ser removida, não por repressão ignorante e míope, mas pela circulação de tais energias através do sistema por meio dessa prática. Um completo e amplo processo de sublimação, de efeito quase alquímico, pode ser assim provocado. Isto não deve ser entendido como legitimando a evitação do problema sexual.
Centro da Terra
O passo final é visualizar mais uma vez o raio descendo da esfera reprodutiva, movendo-se para baixo através das coxas e pernas até chegar aos pés. Ali se expande de um ponto aproximadamente abaixo do tornozelo e forma uma quinta esfera. Demos a esta o nome de centro de Terra. Formulemos aqui exatamente como antes uma brilhante e cintilante esfera do mesmo tamanho que as outras. Vibre o nome Adonai ha-Aretz. Tendo usado vários minutos para despertar este centro por meio do pensamento fixo e firme, e por repetidas vibrações do nome, pare por algum tempo.
Depois, tente visualizar claramente todo o raio de luz prateada, cravejada por assim dizer com cincos magníficos diamantes de incomparável esplendor, estendendo-se desde o alto da cabeça até as solas dos pés. Alguns minutos serão suficientes para dar realidade a esse conceito, criando uma vívida percepção das poderosas forças que, atuando sobre a personalidade, são finalmente assimiladas no sistema psicofísico depois de sua transformação e passagem pelos centros imaginativos. A combinação de respiração rítmica com a visualização voluntária da descida do poder através do raio de luz ou Coluna do Meio, como também é chamado, produz os melhores resultados.
Correspondências de Cor
À medida que sejam adquiridas aptidão e familiaridade na formulação dos centros, pode ser feito um acréscimo à técnica. Anteriormente eu observei que cor era uma consideração muito importante no que se referia a esta técnica. Cada centro tem uma atribuição de cor diferente, embora seja mais prudente durante um longo período de tempo abster-se de usar qualquer outra cor além do branco. É a cor da pureza, do espírito, da divindade, etc Representa, não tanto um componente humano, quanto um princípio universal e cósmico protegendo toda a humanidade. Contudo, à medida que descemos o raio de luz, as cores mudam. Cor de alfazema é atribuída ao centro de Ar ou garganta e representa as faculdades mentais consciência humana como tal.
Ao centro de Fogo, vermelho é uma associação óbvia, não necessitando outros comentários. Azul é a cor atribuída ao centro de Água; é a cor da paz, calma e tranqüilidade, escondendo enorme força e virilidade. Em outras palavras, sua paz é a paz da força e poder, não a inércia da mera fraqueza. Finalmente, a cor atribuída ao centro mais baixo, o de Terra, é castanho avermelhado, a rica e profunda cor da própria terra, fundação sobre a qual descansamos.
Por esse breve e conciso resumo, vê-se que cada um desses centros tem uma espécie de afinidade ou simpatia por um componente espiritual diferente. Um centro é peculiarmente simpático ou associado às emoções e sentimentos, enquanto outro tem definida tendência intelectual. Segue-se daí logicamente, e a experiência demonstra esse fato, que sua atividade e estimulação equilibrada evocam uma reação simpática de cada parte da natureza do homem. E quando a doença que se manifesta no corpo é diretamente devida a algum desajustamento ou enfermidade psíquica, a atividade do centro apropriado deve ser considerada afetada de alguma maneira deletéria. Sua estimulação por som, pensamento e cor tende a estimular o princípio psíquico correspondente e assim dispersar o desajustamento. Mais cedo ou mais tarde, é provocada fisicamente uma reação para o desaparecimento da doença e a conseqüente formação de novas células e tecidos o aparecimento da saúde propriamente dita.
2
Abordamos outro importante estágio no desenvolvimento da técnica da Coluna do Meio. Tendo dado poder e energia espiritual ao sistema por meio dos centros psicofísicos, como poderemos usa-los melhor? Isto quer dizer, usa-lo de maneira que toda célula individual, todo átomo e todo órgão sejam estimulados e vitalizados pela corrente dinâmica.
Para começar, lançamos a mente para cima, novamente até a esfera coronal, imaginando-a em estado de vigorosa atividade. Isto é, ela gira rapidamente, absorvendo energia espiritual do espaço à sua volta, transformando-a de tal maneira que se torna disponível para uso imediato em qualquer atividade humana. Imagine-se então que essa energia transformada flui para baixo, como uma corrente, pelo lado esquerdo da cabeça, pelo lado esquerdo do tronco e pela perna esquerda. Enquanto a corrente está descendo o ar deve ser vagarosamente exalado em ritmo conveniente. Com um lenta inalação do ar, imagine que a corrente vital passa da sola do pé esquerdo para o pé direito e sobe gradualmente pelo lado direito do corpo. Dessa maneira, ela volta à fonte de onde partiu, ao centro coronal, fonte humana de toda energia e vitalidade, estabelecendo-se assim um circuito elétrico fechado. Naturalmente essa circulação é visualizada como persistindo no interior do corpo, não como se viajasse ao longo da periferia da forma física. É, por assim dizer, uma circulação psíquica interior e não puramente física.
Estimulando a Circulação
Deixe que essa circulação, depois de firmemente estabelecida pela mente, flua uniformemente no ritmo da respiração durante alguns segundos, de modo que o circuito seja completado uma meia dúzia de vezes ou mesmo mais, se você desejar. Depois, repita isso em direção ligeiramente diferente. Visualize o fluxo vital movendo-se do centro coronal acima da cabeça para a frente do rosto e do corpo. Depois de ter virado para trás sob a sola dos pés, ele sobe pelas costas em um cinturão bastante largo de energia vibrante. Isto deve ser igualmente acompanhado da inalação e exalação de ar e ser mantido pelo menos por seis circuitos completos.
O efeito geral desses dois movimentos será estabelecer dentro e em volta da forma física uma figura oval de substância e poder em rápida circulação. Como é extremamente dinâmica e cinética, a energia espiritual envolvida nessa técnica irradia-se em todas as direções, espalhando-se para fora até uma apreciável distância. É esta radiação que forma, colore e informa a esfera oval da sensação, que não é coincidente com a forma ou as dimensões da estrutura física. Percepção e experiências gerais mostram que a esfera de luminosidade e magnetismo estendem-se para fora até uma distância mais ou menos igual ao comprimento do braço estendido. E é dentro dessa aura, como a chamamos, que o homem físico existe, mais ou menos como o miolo dentro de uma noz. Circular a força admitida no sistema pelos exercícios mentais indicados é comparável a carregá-lo em todas as partes de sua natureza com grau considerável de vida e energia. Naturalmente isso exerce considerável influência, no que se refere à saúde geral, sobre o núcleo interior.
O método final de circulação assemelha-se à ação de uma fonte. Assim como a água é forçada ou puxada através de um cano até jorrar para cima, caindo em borrifos de todos os lados, o mesmo faz o poder dirigido por essa última circulação. Lance a mente para baixo até o centro da Terra, imaginando-o como culminação de todos os outros, receptáculo de poder, depósito e terminal de força vital que entra. Depois imagine que este poder sobe, ou é puxado ou sugado para cima pela atração magnética do centro do Espírito acima da cabeça. O poder sobe pelo raio e depois cai dentro dos limites da aura oval. Quando desce para os pés, é novamente juntado e concentrado no centro da Terra como preparação para ser mais uma vez empurrado para cima ao longo do raio. Como antes a circulação de fonte deve acompanhar um ritmo definido de inalação e exalação. Por esse meio, a força curativa é distribuída a todas as partes do corpo. Nem um único átomo ou célula em qualquer órgão ou membro é omitido da influência de seu poder regenerativo curativo.
Completada a circulação, pode-se permitir que a mente demore na idéia da esfera de luz, espiritual e de qualidade curativa, que cerca todo o corpo. A visualização deve ser tornada mais vívida e poderosa possível. A sensação, que se segue à formulação parcial ou completa da aura, de maneira descrita, é tão acentuada e definida a ponto de ser quase inconfundível. Em primeiro lugar, é marcada por extrema impressão de calma, vitalidade e estabilidade, como se a mente estivesse plácida quieta. O corpo, completamente em repouso em estado de relaxamento, sente-se em todas as suas partes completamente carregado e impregnado pela vibrante corrente de vida. A pele em todo o corpo apresenta sintomas, causados pela intensificação de vida no interior, de delicado formigamento e calor. Os olhos tornam-se claros e brilhantes, a pele assume brilho fresco e saudável, e todas as faculdades mentais, emocionais e físicas, são intensificadas em grau considerável.
Focalizando Energia
Este é o momento em que, se houve alguma perturbação funcional em qualquer órgão ou membro, a atenção deve ser dirigida e focalizada naquela parte. O resultado desse foco de atenção dirige um fluxo de energia muito acima do equilíbrio geral que acaba de ser estabelecido. O órgão doente é banhado por um mar de luz e poder. Tecidos e células doentes, sob o estímulo de tal poder, são gradualmente decompostos e ejetados da esfera pessoal. A corrente sanguínea revitalizada é então capaz de mandar para aquele local nova nutrição e nova vida, para que possam ser facilmente formados novos tecidos, fibras, células, etc. Dessa maneira, a saúde é restabelecida pela persistente concentração de poder divino naquele local. Mantida durante alguns dias no caso de doenças superficiais em durante meses no caso de males crônicos e graves, todos os sintomas podem ser eliminados, sem que outros ocupem seu lugar. Não é supressão de sintomas. Eliminação é o resultado desses métodos. Até mesmo manifestações psicogênicas podem ser assim curadas. Isso porque as correntes de força vêm das camadas mais profundas do inconsciente, onde essas psiconeuroses têm sua origem e onde elas prendem a energia nervosa, impedindo a expressão espontânea e livre da psique. O crescimento da libido, como essa força vital é chamada em círculos psicológicos, dissolve cristalizações e barreiras blindadas que dividem as várias camadas da função da psíquica.
Quando doença orgânica é o problema a ser atacado, o processo seguido é ligeiramente diferente. (a pessoa deve continuar sob os cuidados de um médico competente.) Neste caso, é necessária uma corrente de força consideravelmente mais potente, capaz de dissolver a lesão e suficiente para pôr em ação as atividades sistêmicas e metabólicas a fim de formar novo tecido e estrutura celular. Para obter essas condições em um sentido ideal, pode ser necessária uma segunda pessoa, a fim de sua vitalidade juntada àquela do doente possa superar a condição. Uma técnica útil, que minha experiência demonstrou ser supremamente bem sucedida e que qualquer estudante pode adotar, é em primeiro lugar relaxar completamente todos os tecidos no corpo inteiro antes de tentar a técnica da Coluna do Meio. O paciente é colocado em estado altamente relaxado, no qual toda tensão neuromuscular tenha sido testada e levada à sua atenção. Consciência é então capaz de eliminar tensão e produzir um estado relaxado do músculo ou membro afetado. Encontrei uma preliminar útil na prática de manipulação e massagem espinhais, pois com isso é produzido uma aumento na circulação do sangue e da linfa o que, do ponto de vista fisiológico, é meia batalha vencida. Obtido grau adequado de relaxamento, os pés do paciente são cruzados sobre os tornozelos e os dedos das mãos entrelaçados, repousando levemente sobre o plexo solar. O operador ou curador, senta-se então do lado direito da pessoa, se o paciente for destro, e do lado esquerdo, se for canhoto. Colocando delicadamente a mão direita sobre o plexo solar do paciente, por baixo de suas mãos entrelaçadas, e a mão esquerda sobre a cabeça do paciente, é estabelecida imediatamente uma forma de rapport. Em poucos minutos forma-se uma livre circulação de magnetismo e vitalidade, prontamente percebida tanto pelo paciente quanto pelo curador.
A atitude do paciente deve ser de absoluta receptividade para essa força que entra automática, se ele tiver inabalável confiança e fé na integridade e capacidade do operador. Silêncio e tranqüilidade devem ser mantidos por algum tempo, após o que o operador executa silenciosamente a prática da Coluna do Meio, mantendo ainda contato físico com o paciente. Seus centros espirituais despertados atuam sobre o paciente por simpatia. Despertar semelhante é introduzido na esfera do paciente e os centros dele começam finalmente a atuar e lançar em seu sistema uma corrente equilibrada de energia. Mesmo quando o operador não vibra os nomes divinos audivelmente, o poder que flui através de seus dedos estabelece uma atividade que certamente que certamente produzirá algum grau de atividade curativa dentro do paciente. Seus centros psico-espirituais são despertados para a ativa assimilação e projeção de fora, de modo que, sem qualquer esforço consciente de sua parte, sua esfera é invadida pelo poder divino de cura e vida.
Quando chega ao estágio de circulação, o operador emprega de tal modo sua faculdade visualizadora, verdadeiro poder mágico, que as correntes aumentadas de energia fluem, não só através de sua própria esfera, mas também através daquela do paciente. A natureza desse rapport começa agora a passar por sutil mudança. Enquanto antes existia estreita simpatia e harmoniosa disposição de espírito, mantidas mutuamente, durante e depois da circulação há uma efetiva união e intermistura dos dois campos de energia. Eles se unem para formar uma única esfera contínua, à medida que prossegue o intercâmbio e transferência de energia vital. Assim, o operador é capaz de adivinhar exatamente o potencial que deve ter sua corrente projetada e precisamente para onde ela deve ser dirigida.
Vários desses tratamentos, que incluem a cooperação e treinamento do paciente no emprego de métodos mentais, devem certamente contribuir muito para aliviar o estado original. Ocasionalmente, pois deve ser sobretudo evitado o fanatismo, métodos médicos e manipulativos podem ser combinados utilmente com os métodos mentais aqui descritos, a fim de facilitar e apressar a cura.
Embora eu tenha dado ênfase à cura de males físicos no que disse acima, não se pode deixar de insistir muito que esse método é conveniente para aplicação a uma legião de outros problemas. Esta descrição de técnica será considerada adequada para todas as situações que possam apresentar-se ao estudante, seja um problema de pobreza, desenvolvimento de caráter, dificuldades sociais ou conjugais enfim, qualquer outro tipo de problema que se possa imaginar.
Recapitulações: As Preliminares
Repetição é muitas vezes inestimável tanto para ensinar quanto para aprender novos assuntos. Assim, uma recapitulação dos vários processos envolvidos na prática da Coluna do Meio ajudará a esclarecer algumas das questões. E eu gostaria de acrescentar mais uma consideração que contribuirá para tornar o método mais eficaz, elevando-a a um plano mais alto de compreensão e realização espiritual. Este passo final tornará o estudante capaz de pôr em ação fatores dinâmicos dentro da psique humana, que ajudarão a produzir o resultado desejado.
O primeiro passo, como vimos, é um exercício psicofísico. O estudante deve aprender a relaxar-se, a soltar as garras crônicas de tensões neuromusculares existentes em seu corpo. Toda tensão involuntária de qualquer grupo de músculos ou tecidos de qualquer área do corpo deve ser colocada dentro do alcance da percepção consciente. Percepção é a chave mágica por meio da qual tal tensão pode ser dissolvida. Para isso é preciso só um pouco de prática e é muito fácil obter a aptidão necessária. A conclusão importante que se segue à relaxação física é que a própria mente, em todos os seus departamentos e ramificações, passa por relação semelhante.
Tensão psíquica e inflexibilidade somática são as grandes barreiras à percepção da onipresença do corpo de Deus. Impedem efetivamente que a pessoa se torne cônscia da presença permanente da força vital, da dependência da mente e mesmo sua identidade final com a Mente Universal, o Inconsciente Coletivo. Com as pequenas barreiras da mente eliminadas e a vida fluindo através de sua extensa organização, quase imediatamente nos tornamos conscientes do princípio dinâmico que penetra e impregna todas as coisas. Este passo é sem dúvida a fase importantíssima na aplicação das técnicas psico-espirituais.
Tendo tomado conhecimento do precedente, o processo lógico é despertar os centros espirituais interiores, que podem manipular, por assim dizer, esse poder de alta voltagem e transforma-lo em qualidade humana utilizável. Possivelmente a maneira mais fácil de conceber isso é equiparar a parte humana do homem ligado com energia das pilhas ou do circuito elétrico para que possa funcionar. Com a energia fluindo através dele, o resto do complicado mecanismo de fiação, transformadores, condensadores, válvulas e antenas é capaz de entrar em funcionamento. O mesmo acontece com o homem. Nós podemos sintonizar-nos com o Infinito mais prontamente através do mecanismo que acende as válvulas de rádio dos centros interiores, as válvulas de rádio do próprio homem. Depois que o aparelho de rádio está em funcionamento, a corrente divina pode ser circulada através dele em várias maneiras, até corpo e mente se tornam poderosamente vitalizados e fortalecidos por energia espiritual.
Oração
Mas tudo isso é meramente preparatório. O aparelho de rádio pode ser ligado, com os condensadores, transformadores e antenas em perfeito funcionamento mas que queremos fazer com ele? Aqui também. Precisamos de dinheiro, estamos doentes, ou temos traçados morais ou mentais indesejáveis e tantas outras coisas. Precisamos elevar nossas mentes, na utilização da energia espiritual, de modo que o desejo de nosso coração se realize automaticamente, praticamente sem esforço algum. É preciso ter firmemente em mente o desejo, o anseio do coração, a meta a ser atingida, vitalizada por poder divino, mas impulsionado para o universo pela ardente intensidade de toda exaltação emocional de que sejamos capazes. Oração é, portanto, indispensável. Oração, não meramente petição a algum Deus fora do universo, mas oração concebida como estímulo espiritual e emocional calculado para produzir uma identificação com nossa própria Divindade ou a percepção dela. Oração, sinceramente feita, mobiliza todas as forças do eu, e o fervor interior que ela desperta reforça o trabalho feito anteriormente. Neste caso, o sucesso vem, não por causa do esforço humano da pessoa, mas porque Deus produz o resultado. O fervor e a exaltação emocional permitem-nos perceber a divindade interior, que é o fator espiritual que leva à imediata e completa realização de nosso desejo.
Mas eu duvido que oração da variedade calma e sem emoção tenha qualquer valor aqui. Esse peticionismo a sangue frio não encontra lugar dentro das concepções superiores de realização espiritual. Um antigo metafísico disse certa vez: Inflama-te com oração. Aqui está o segredo. Precisamos orar de modo que todo nosso ser se inflame com intensidade espiritual a que nada pode resistir. Todas as ilusões e todas as limitações desaparecem inteiramente diante desse fervor. Quando a alma literalmente arde, a identidade espiritual com Deus é alcançada. Então o desejo do coração é realizado sem esforço porque Deus o faz. O desejo torna-se um fato um fato objetivo, fenomenal, que pode ser visto por todos.
Que orações devem então ser empregadas para elevar a mente até essa intensidade, para despertar o fervor emocional sobre o qual se disse: Inflama-te em oração ? Entendo que este problema cada um precisa resolver por si mesmo. Todo homem e toda mulher tem alguma idéia sobre religião, que, quando mantida, inflama-lo-á para a realização interior. Algumas pessoas usarão um poema que sempre teve o efeito de exaltá-las. Outras utilizarão o Pai-Nosso ou talvez o Salmo 23. E todos os outros tipos possíveis. Quanto a mim, prefiro o emprego de alguns hinos arcaicos conhecidos como invocações, mas que não deixam de ser orações, e que certamente têm sobre mim o desejado efeito de despertar o potencial emocional necessário. Na esperança de que possam ser úteis a outros, apresento aqui um par de fragmentos, sendo o primeiro composto de versículos de várias escrituras.
Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, embora esteja morto, viverá e quem vive e crê em mim terá a vida eterna. Eu sou o Primeiro e o Último. Eu sou aquele que viveu e que foi morto mas vejam! Eu estou vivo para sempre e tenho as chaves do inferno e da morte. Pois eu sei que meu Redentor viveu e que ele se erguerá no último dia sobre a terra. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Nenhum homem chega ao Pai senão através de mim. Eu sou o Purificado. Eu passei pelas portas da escuridão até a Luz. Eu lutei sobre a terra pelo bem. Eu terminei meu trabalho. Eu entrei no Invisível.
Eu sou o Sol em sua ascensão, depois de passar pela hora de nuvem e de noite. Eu sou Amoum, o Oculto, o abridor do dia. Eu sou Osíris Omnophris, o Justificado, o Senhor da Vida, triunfante sobre a morte. Não há parte de mim que não seja de Deus. Eu sou o preparador do Caminho, o Salvador para a Luz. Que a Luz Branca do Espírito Divino desça.
O segundo fragmento é bem diferente do transcrito acima, embora ambos tenham efeito pessoal semelhante quando repetidos vagarosamente, meditados e sentidos intensamente. Esta segunda oração consiste em duas partes sendo a primeira uma espécie de petição ao eu divino superior, enquanto a segunda parte fala da realização da identidade com ele.
Eu invoco a ti, Não Nascido. A ti que criaste a Terra e o Céu. A ti que criaste a Noite e o Dia. A ti que criaste as Trevas e a Luz. Tu és Homem Tornado Perfeito, a quem nenhum homem jamais viu. Tu és Deus e verdadeiro Deus. Tu distinguiste entre o Justo e o Injusto. Tu fizeste a fêmea e o macho. Tu produziste semente e o fruto. Tu formaste homens para amar uns aos outros e para odiar uns aos outros. Tu produziste o úmido e o seco, e Aquilo que alimenta todas as coisas criadas.
A segunda metade só deve seugir-se depois de uma longa pausa, na qual a pessoa tenta perceber exatamente o que é afirmado pela oração e que ela está elevando a mente para a apreciação da Divindade secreta interior, que é o criador de todas as coisas.
Este é o Senhor dos Deuses. É o Senhor do Universo. É Aquele que o vento teme. É aquele que tendo feito a voz por sua ordem é Senhor de todas as coisas, rei, governante e auxiliador. Ouve-me e torna todos os espíritos sujeitos a mim, para que todo espírito do firmamento e do éter, em cima da terra e embaixo da terra, sobre terra seca e dentro da água, do vento rodopiante e do impetuoso fogo, e todo feitiço e praga de Deus, o Vasto, possam ser obedientes a mim.
Eu sou Ele, O Espírito Não Nascido, que tem vista nos pés, forte e imortal Fogo. Eu sou Ele, a Verdade. Eu sou Aquele que odeia que o mal seja praticado no mundo. Eu sou aquele que relampeja e troveja. E sou Aquele que é a chuva da Vida da Terra. Eu sou aquele cuja a boca flameja sempre. Eu sou Ele, o gerador e manifestador da Luz. Eu sou Ele, a Graça do mundo. O Coração Enlaçado pela Serpente é o meu Nome.
Esses fragmentos de orações são apenas sugeridos e devem ser usados ou rejeitados, conforme cada estudante achar conveniente. Deram resultado para mim podem ou não dar resultado para outros estudantes, conforme o caso.
Aplicações Não-Terapêuticas
Afora terapia, existem outras aplicações para a técnica da Coluna do Meio, como eu sugeri acima. O estudante empreendedor inventará suas próprias aplicações para ela.
Podem ser por várias razões que certas coisas essenciais à vida, físicas ou espirituais, foram negadas a uma pessoa com conseqüente efeito limitador sobre o caráter e início de sentimento de frustração. Este último sempre tem deprimente e inibitório sobre a mente humana, produzindo indecisão, ineficiência e inferioridade. Não há verdadeira necessidade da existência de indevida frustração e inibição em nossas vidas. Certa quantidade é sem dúvida inevitável. Enquanto permanecermos humanos é absoluto certo que seremos provavelmente contrariados em nossos esforços para expressar plenamente o eu interior, experimentando assim certo grau de frustração. Mas qualquer grau normal e persistente de sentimento de frustração pode ser enfrentado e eliminado com esses métodos mentais e espirituais.
Antes de tudo, são essenciais compreensão da vida e aceitação incondicional de tudo na vida e de toda experiência que possa surgir em nosso caminho. Com vontade compreensiva vem o amor da vida e de viver, pois amor e compreensão são a mesma coisa. Isso incentivará também a determinação de não frustrar mais processos naturais, mas, por aceitação, cooperar com a natureza. O método de cultura espiritual e mental deu durante muito tempo esperança de que essas condições inibitórias possam ser atenuadas.
Pobreza de bens materiais, assim como de idéias, é uma condição de vida que essas técnicas sempre admitiram ser suscetível de tratamento. O método costumeiro consiste em profunda e prolongada reflexão exatamente sobre o estímulo mental, a qualidade moral ou a coisa material desejada, de modo que a idéia da necessidade afunde na chamada mente subconsciente. Se as barreiras que levam ao subconsciente foram penetradas, de modo que ele aceite a idéia da necessidade, então, mais cedo ou mais tarde,a vida atrairá inevitavelmente uma daquelas coisas necessitadas. Mas, como acontece com todos os métodos terapêuticos, existem muitos casos nos quais, apesar de fiel obediência às técnicas prescritas, não é obtido sucesso. Sustento, portanto, que falham exatamente pela mesma razão porque falham seus esforços de cura. Em suma, é porque não há verdadeira compreensão dos mecanismos psicodinâmicos interiores, pelos quais podem ser produzidos tais efeitos. Não há apreciação dos métodos pelos quais a natureza dinâmica do inconsciente pode ser estimulada, para que a personalidade humana se transforme em um poderoso imã, atraindo em sua direção tudo quanto ela deseja realmente ou é necessário a seu bem-estar.
Se este processo é moralmente defensável é questão que não desejo discutir demoradamente, embora saiba que será levantada. Mas a resposta é breve. Todas as dificuldades que temos destinam-se a ser usadas, e usadas tanto na nossa vantagem quanto na de outros. Se permanecermos em estado de constante atrito mental, frustração emocional e pobreza excessiva, não vejo como podemos prestar serviço a nós próprios ou a nossos semelhantes. Eliminemos primeiro essas restrições, melhoremos as faculdades mentais e emocionais, de modo que a natureza espiritual seja capaz de penetrar na penetrar através da personalidade e manifestar-se de maneiras práticas, e estaremos então em condição de prestar algum serviço àqueles com os quais entramos em contato. A estimulação preliminar dos centros psico-espirituais e depois a formulação clara e vívida dos pedidos ao universo são capazes de atrair qualquer coisa necessária, desde que, naturalmente, ela exista dentro dos limites da razão e da possibilidade.
Usando a Estrutura Astrológica
Antes de tudo, permitam-me prefaciar minhas próximas observações declarando que, do ponto de vista prático, os rudimentos do esquema astrológico são de indizível valor por oferecerem uma classificação concisa das grandes divisões de coisas. Não estou aqui interessado pela astrologia como tal, simplesmente acho que é conveniente usar seu esquema. Suas raízes estão nas sete principais idéias ou planetas, aos quais a maioria das idéias e coisas podem ser atribuídas. A cada uma dessas idéias-raízes é atribuída uma cor positiva e outra negativa, e um nome divino para o propósito de vibração. Proponho-me indicar os planetas com suas principais atribuições da seguinte maneira:
SATURNO: Pessoas idosas e planos antigos. Dívidas e seu pagamento. Agricultura, imóveis, morte, testamentos, estabilidade, inércia. Cor positiva, índigo; cor negativa, preto. Jehovah Elo-him.
JÚPITER: Abundância, fartura, crescimento, expansão, generosidade. Espiritualidade, visões, sonhos, longas viagens. Banqueiros, credores, devedores, jogo. Cor positiva, roxo; cor negativa, azul. El.
MARTE: Energia, pressa, ira, construção e destruição(de acordo com a aplicação), perigo, cirugia. Vitalidade e magnetismo. Força de vontade. Cores positiva e negativa, vermelho brilhante. Elohim Gibor.
SOL: Superiores, empregadores, executivos, autoridades. Poder e sucesso. Vida, dinheiro, crescimento de toda espécie. Iluminação, imaginação, poder mental. Saúde. Cor positiva, laranja; negativa, amarelo e dourado. Jehovah Eloah vê-Daas.
VÊNUS: Atividades sociais, afeições e emoções, mulheres, pessoas mais jovens. Todos os prazeres e as artes, música, beleza, extravagância, luxo, sensualidade. Cores positiva e negativa, verde esmeralda. Jehovah Tzavoos.
MERCÚRIO: Negócios comerciais, escrita, contratos, julgamentos e viagens curtas. Compra, venda, troca. Vizinhos, fornecimento e recebimento de informação. Capacidades literárias e amigos intelectuais. Livros, jornais, papéis. Cor positiva, amarelo; negativa, laranja. ElohimTzavoos.
LUA: Público geral, mulheres. Reação dos sentidos. Viagens curtas e remoções. Mudanças e flutuações. A personalidade. Cor positiva, azul; negativa marrom avermelhado. Shah-daí El Chai.
São essas resumidamente as atribuições dos planetas, sob os quais podem ser classificadas quase todas as coisas e todos os assuntos da natureza. Esta classificação é extremamente útil porque simplifica enormemente nossa tarefa de desenvolvimento físico e espiritual. Talvez seja melhor se, antes de concluir, eu apresentar alguns exemplos simples e elementares para ilustrar a função e método de emprego dessas correspondências.
Usando Correspondências Astrológicas
Suponha-se que eu me dediquei a certos estudos que exigem livros que não são facilmente encontrados em livrarias. Apesar de meus pedidos, apesar de ampla publicidade e de minha disposição de pagar preços razoáveis por eles, meus esforços são inúteis. O resultado é que meus estudos ficam temporariamente parados. Esta demora atinge um ponto em que se torna excessiva e irritante. Decido então usar meus próprios métodos técnicos para pôr fim a ela. A certos intervalos determinados, preferivelmente ao despertar de manhã a antes de recolher-me para dormir à noite, pratico a respiração rítmica e a Coluna do Meio. Por esses métodos, torno disponíveis enormes quantidades de poder espiritual e transformo o inconsciente em uma poderosa bateria, , pronta para projetar ou atrair poder a fim de atender à minha necessidade. Circulo isso através do sistema áurico.
Meu passo seguinte consiste em visualizar a cor negativa, ou passiva, de Mercúrio, laranja, de modo que meditar sobre ela transforme a cor áurica circundante na cor laranja. Laranja é usada porque livros, de que preciso, são atribuídos a Mercúrio e eu emprego a cor negativa porque ela tende a tornar a esfera da sensação aberta, passiva e receptiva. Depois, passo a carregar e vitalizar a esfera mediante a vibração do nome divino apropriado, vezes e vezes, até parecer a minhas percepções que todas as forças mercuriais do universo reagem à atração magnética daquela esfera. Imagino que todas as forças do universo convergem para a minha esfera, atraindo para mim exatamente aqueles livros, documentos, críticas, amigos, etc., necessários para promover meu trabalho. Inevitavelmente, depois de trabalho persistente e concentrado, eu ouço amigos ou livreiros dizerem, absolutamente por acaso, segundo parece, que aqueles livros podem ser encontrados. São obtidas apresentações para as pessoas certas e, de modo geral, meu trabalho e ajudado. O resultado ocorre, porém, de maneira perfeitamente natural.
Não se deve imaginar que o emprego desses métodos contraria as conhecidas leis da natureza e que ocorrem fenômenos milagrosos. Longe disso. Nada existe neles de sobrenatural. Esses métodos são baseados no emprego de princípios psíquicos normalmente latentes dentro do homem e que todos possuem. Nenhum indivíduo é único nesse aspecto. E o emprego desses princípios psíquicos produz resultados através de canais absolutamente normais, mas insuspeitados.
Por outro lado, se eu desejo ajudar um colega que tem aspirações literárias, mas que em certa ocasião vê seu estilo emperrado e o livre fluxo de idéias inibido, devo alterar meu método só em determinado ponto. Em lugar de laranja como ante, devo visualizar a aura como amarela ou dourada, embora o nome vibratório continue o mesmo. Também, em lugar de imaginar que as forças universais têm um movimento centrípeto em direção à minha esfera, devo perceber que as forças mercuriais despertadas dentro de mim pela visualização de cor e vibração estão sendo projetadas de mim para meu paciente. Se ele também ficar quieto e meditativo na mesma hora, minha ajuda tornar-se-á mais poderosa, pois ele ajudará conscientemente meus esforços com meditação semelhante. Mas não é preciso insistir nisso, pois, como mostram experiências telepáticas, a maior parte das impressões do receptor são recebidas inconscientemente. Por isso, no caso do meu paciente, sua própria psique inconscientemente captará automaticamente e necessariamente a inspiração e poder que eu transmiti telepaticamente a ele em sua ausência.
O sistema combina sugestão telepática com comunicação voluntária de poder vital. Oponho-me vigorosamente àqueles apologistas da partição, que sustentam em teoria uma das faculdades em detrimento da outra. Alguns negam a sugestão ou telepatia e argumentam com excessivo entusiasmo em favor do magnetismo vital. Outros recusam categoricamente admitir a existência de magnetismo, forçando suas provas exclusivamente em favor de telepatia e sugestão. Em meu modo de ver, ambos são incorretos e dogmáticos quando insistem que só sua idéia tem validade universal e é o único modo lógico de explicação. Igualmente, cada um deles está certo em alguns aspectos e em certo números de casos; há lugar para ambos na economia natural das coisas. Os recursos da natureza são eficientemente grandes e extensos para admitir a existência mútua de ambos os poderes e de inumeráveis outros.
Auto-Análise
O processo técnico é, como mostrei, extremamente simples mesmo quando empregado para finalidades subjetivas. Suponha-se que de repente me venha a percepção de que, ao invés de ser uma pessoa magnânima, como imaginava ser, sou na realidade mesquinho e sovina. Naturalmente, devo submeter-me a um tratamento de psicanálise para descobrir por que minha natureza inicial da vida foi deformada de modo a gerar um hábito de mesquinharia. Mas esse é um tratamento longo e caro maus argumentos sem dúvida, com sua necessidade. E muita coisa depende do analista e de sua relação comigo. Em lugar dele, porém, eu posso recorrer à seguinte técnica. Meus primeiros passos consistem naqueles descritos acima respiração rítmica, o raio de luz formulado da cabeça aos pés e a circulação de força através da aura. Depois, lembrando que uma generosa perspectiva de vida e atitude em relação a elas são qualidades jupiterianas, eu me cerco de uma esfera de azul celeste, ao mesmo tempo que vibro freqüente e poderosamente o nome divino El. Se os nomes são vibrados silenciosamente ou audivelmente depende inteiramente da aptidão e familiaridade da pessoa com o sistema, mas de qualquer maneira poderosas correntes jupiterianas impregnam meu ser. Eu visualizo mesmo todas as células sendo banhadas em um oceano de azul e tento imaginar correntes invadindo minha esfera de todas as direções, de modo que todo o meu pensamento e sentimento estão literalmente em termos de azul. Lentamente se segue uma sutil transformação. Isto é, se eu fui realmente sincero, desejoso de corrigir meus defeitos, e se tentei tornar-me suficientemente generoso para executar a prática fielmente e com freqüência..
Se um amigo ou paciente queixa-se de vício semelhante nele, apelando por minha ajuda, neste caso eu usaria uma cor positiva para projeção. Formularia minha esfera como uma esfera ativa, dinâmica e roxa, de cor forte e carregada, e projetaria sua generosidade, curativa e fecunda influência sobre a mente e personalidade de meu amigo. Com tempo, o defeito seria corrigido para sua satisfação e assim sua natureza espiritual seria melhorada.
E assim por diante, com tudo o mais. Estou certo que estes poucos exemplos mostraram a aplicação dos métodos.
Conclusão
Não basta simplesmente desejar certos resultados e esperar ociosamente por eles. De comportamento assim ocioso só pode resultar malogro. Qualquer coisa valiosa e que tenha probabilidade de acontecer exige muito trabalho e perseverança. A técnica da Coluna do Meio certamente não é exceção. Mas devoção a ela é extremamente compensadora por causa da natureza e qualidade dos resultados que se seguem. Uma vez por dia mostrará a eficácia do método. Duas vezes por dia será muito melhor especialmente se houver alguma doença ou dificuldade psíquica a vencer. Depois de algum tempo, o estudante que é sincero e em quem a natureza espiritual está gradualmente se desdobrando aplicará ele próprio o método, independentemente da promessa que aqui faço. Ter poder curativo, livrar-se da pobreza e preocupação, obter felicidade tudo isso é eminente desejável. Mas acima de tudo está a desejabilidade de conhecer e expressar o eu espiritual interior – embora alguns casos esse ideal dificilmente possa ser atingido antes de conseguida alguma medida de realização em outros aspectos e em outros níveis. Quando, porém, o ideal é percebido como desejável, o valor deste método será também percebido como supremamente eficaz para aquele fim.
Fonte:
Fonte: http://www.scribd.com/doc/7287132/Israel-Regardie-a-Arte-Da-Verdadeira-Cura